Na manhã de 11 de fevereiro de 2025, a Operação Tela Fria foi deflagrada em Aracaju, mobilizando cerca de 130 policiais civis. A ação visa combater uma organização criminosa especializada no furto de celulares, que atuava principalmente durante grandes eventos na Orla da cidade. A operação abrange a execução de 43 mandados de prisão e 55 mandados de busca e apreensão em diversos bairros de Sergipe, Bahia e Pernambuco, demonstrando a abrangência e a seriedade da investigação.
A Secretaria de Segurança Pública de Sergipe informou que a investigação teve início após o registro de mais de 650 ocorrências de furto de celulares. O grupo criminoso operava de forma altamente organizada, contando com especialistas em furtos, desbloqueio de dispositivos e movimentação financeira ilegal. Essa estrutura complexa permitiu que a quadrilha realizasse suas atividades de maneira eficiente e dissimulada, dificultando a ação das autoridades.
De acordo com a delegada Luciana Pereira, os criminosos recrutavam especialistas em furtos durante eventos e utilizavam chantagens para obter senhas das vítimas. Com acesso liberado aos dispositivos, eles desbloqueavam os celulares e exploravam redes sociais e contas bancárias, realizando transações ilegais antes de revender os aparelhos. Essa prática não apenas prejudicava as vítimas, mas também contribuía para um ciclo de criminalidade na região.
A operação Tela Fria conta com o apoio do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) e das polícias civis da Bahia e de Pernambuco. Os esforços nesta fase estão concentrados em suspeitos do bairro Massaranduba e em parte dos envolvidos do bairro Uruguai, considerados locais-chave para a atuação da quadrilha. A colaboração entre as diferentes forças policiais é fundamental para o sucesso da operação e para a desarticulação do grupo criminoso.
As equipes envolvidas na operação incluem a Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR/Salvador), além de diversos setores da segurança pública, como o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e o Draco (Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro). Essa integração de esforços demonstra a seriedade com que as autoridades estão tratando o problema dos furtos de celulares.
A Polícia Civil também enfatiza a importância do registro de boletins de ocorrência para auxiliar nas investigações e na localização de aparelhos furtados. A colaboração da população é essencial para que as autoridades possam agir de forma mais eficaz e identificar os responsáveis por esses crimes. O envolvimento da comunidade é um fator crucial na luta contra a criminalidade.
A Operação Tela Fria representa um passo significativo na luta contra o furto de celulares em eventos públicos. Com a mobilização de recursos e a colaboração entre diferentes órgãos de segurança, espera-se que a ação não apenas desmantele a quadrilha, mas também iniba futuras atividades criminosas na região. A expectativa é que a operação traga um impacto positivo na segurança dos cidadãos e na proteção de seus bens.
Em conclusão, a Operação Tela Fria é um exemplo de como a polícia pode agir de forma coordenada e eficaz para combater o crime organizado. A ação não apenas visa prender os responsáveis, mas também conscientizar a população sobre a importância de proteger seus dispositivos e registrar ocorrências. Com a continuidade de esforços como esse, espera-se que a segurança pública em Aracaju e nas regiões vizinhas melhore significativamente.