O advogado Márcio Augusto Vasconcelos Coutinho, especialista em Direito Eleitoral, analisa as transformações introduzidas pelo novo Código Eleitoral no combate ao abuso de poder econômico e político. Essa temática, amplamente discutida nos meios jurídicos e políticos, tem ganhado relevância à medida que o Brasil se prepara para eleições mais transparentes e equilibradas. O novo texto legal busca atualizar dispositivos defasados, modernizar os instrumentos de fiscalização e coibir práticas que comprometam a lisura do processo democrático.
Combate ao abuso de poder político e econômico nas eleições
O novo Código Eleitoral traz dispositivos mais objetivos sobre o combate ao abuso de poder político e econômico, dois dos maiores desafios enfrentados no cenário eleitoral brasileiro. Tais abusos, quando não coibidos, distorcem a igualdade entre os candidatos e enfraquecem a democracia. De acordo com Márcio Augusto Vasconcelos Coutinho, a legislação atual visa consolidar entendimentos jurisprudenciais e reduzir brechas legais que permitiam a perpetuação dessas práticas.
Nesse contexto, o Código detalha condutas passíveis de punição, como o uso da máquina pública em favor de campanhas, o financiamento ilícito e a coação de eleitores. A clareza normativa favorece a atuação da Justiça Eleitoral e dos órgãos de controle, fortalecendo a integridade do pleito.
O papel da Justiça Eleitoral na repressão de abusos
A atuação da Justiça Eleitoral é central na repressão a abusos que desequilibram as eleições. O novo Código atribui mais celeridade aos processos, estabelece prazos definidos para a apreciação de ações e padroniza procedimentos, evitando manobras protelatórias. Conforme aponta Márcio Augusto Vasconcelos Coutinho, essa padronização amplia a segurança jurídica e evita decisões contraditórias em situações semelhantes.
Ademais, o Código prevê mecanismos para responsabilizar não apenas os candidatos beneficiados, mas também financiadores e servidores públicos envolvidos, ampliando o alcance da responsabilização. Tal mudança sinaliza um compromisso mais rigoroso com a moralidade pública e a transparência eleitoral.

Transparência e prestação de contas de campanha
Outro ponto central do novo Código Eleitoral é o aprimoramento das regras sobre a prestação de contas. A norma reforça a exigência de transparência nas movimentações financeiras de campanha, determinando critérios mais rígidos de fiscalização. Márcio Augusto Vasconcelos Coutinho frisa que essa evolução contribui para o combate ao abuso de poder econômico, dificultando a camuflagem de recursos ilícitos ou não declarados.
Ainda nesse aspecto, a tecnologia passa a ser uma aliada no monitoramento em tempo real das campanhas, permitindo que os dados sejam cruzados com informações de outras esferas públicas. Essa integração representa um avanço considerável no enfrentamento de práticas abusivas e na identificação de irregularidades.
Regras mais claras para a propaganda eleitoral
A propaganda eleitoral também foi contemplada com regras mais precisas. O novo Código delimita melhor os limites entre a propaganda institucional e a promoção pessoal, com o objetivo de impedir o uso indevido da comunicação oficial. Conforme elucida Márcio Augusto Vasconcelos Coutinho, a intenção é coibir o uso de recursos públicos para beneficiar candidaturas, especialmente em períodos próximos às eleições.
Adicionalmente, as penalidades foram ajustadas para serem mais proporcionais e efetivas, garantindo que o desestímulo à prática de abusos seja concreto. A atualização da norma sobre propaganda fortalece a isonomia entre candidatos e protege o eleitorado de informações enviesadas.
O que esperar das eleições com o novo Código Eleitoral?
Com as mudanças promovidas, espera-se que as eleições se tornem mais equilibradas e transparentes. O fortalecimento das regras de controle e a atuação firme dos órgãos fiscalizadores podem reduzir significativamente os abusos de poder que historicamente marcaram o processo eleitoral no Brasil. Segundo Márcio Augusto Vasconcelos Coutinho, o novo Código Eleitoral representa uma tentativa de aprimorar a democracia, preservando a legitimidade do voto e a confiança nas instituições.
Para o especialista, a efetividade dessas normas dependerá, contudo, de sua aplicação rigorosa e da conscientização da sociedade sobre a importância de eleições justas. O combate ao abuso de poder econômico e político exige, portanto, uma postura vigilante e colaborativa entre eleitores, instituições e candidatos.
Autor: Pelos Llewan