Aracaju registrou um índice médio de infestação do mosquito Aedes aegypti, chegando a 2,1%, segundo dados recentes do Levantamento Rápido do Índice de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa). Essa marca coloca a capital sergipana em alerta, pois o índice sinaliza risco médio para o surgimento de surtos de doenças transmitidas pelo mosquito, como dengue, zika e chikungunya. O LIRAa foi conduzido entre os dias 7 e 11 de julho, abrangendo os 48 bairros da cidade para mapear as áreas mais vulneráveis.
Dentro desse cenário preocupante, 16 bairros de Aracaju foram classificados com risco baixo, 28 apresentam risco médio, e quatro bairros estão em situação crítica com risco alto de infestação. Entre os locais com maior índice de focos do Aedes aegypti destacam-se Grageru, com 6,1%, Porto D’antas, com 5,3%, Capucho com 5,0% e Salgado Filho com 4,8%. Esses números indicam a necessidade urgente de ações para combater o mosquito nessas regiões e evitar que a situação se agrave.
O aumento de 0,6% no índice de focos do Aedes aegypti em Aracaju em relação a levantamentos anteriores aponta para uma tendência preocupante. O levantamento também identificou que os principais criadouros do mosquito ainda são os depósitos de água para uso doméstico, que respondem por 48% dos focos encontrados, seguidos por vasos e pratos de plantas com 37%, além do descarte irregular de lixo e entulhos, que representam 6% dos criadouros.
A Secretaria Municipal da Saúde reforça que o combate ao mosquito Aedes aegypti depende fortemente da participação ativa da população. O trabalho dos agentes de saúde, embora contínuo e estratégico, não é suficiente sem o apoio dos moradores para eliminar os focos do mosquito, especialmente em ambientes residenciais. Atitudes simples como eliminar água parada e permitir a entrada dos agentes de saúde são fundamentais para prevenir a proliferação do Aedes aegypti.
A coordenadora da Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal da Saúde, Duanne Marcele, ressaltou que feriados prolongados e a ausência de moradores nas residências contribuíram para o aumento dos focos do Aedes aegypti. Durante esses períodos, a fiscalização é mais difícil, o que cria condições propícias para a reprodução do mosquito e aumenta o risco de transmissão das doenças associadas.
O índice médio de infestação pelo Aedes aegypti exige atenção redobrada, pois o mosquito é vetor de doenças que podem causar sérios problemas de saúde pública. Dengue, zika e chikungunya são doenças que afetam milhares de brasileiros todos os anos, e o controle do vetor é a única forma eficaz de prevenir epidemias e reduzir os impactos dessas enfermidades na população.
As autoridades de saúde continuam intensificando as campanhas educativas para alertar a população sobre os riscos do mosquito Aedes aegypti e a importância da prevenção. A mobilização comunitária é essencial para garantir que cada morador faça a sua parte na eliminação dos criadouros do mosquito, contribuindo para a redução do índice médio de infestação e para a proteção da saúde pública em Aracaju.
Por fim, o combate ao Aedes aegypti em Aracaju permanece uma tarefa constante que exige o esforço conjunto do poder público e da população. O índice médio de infestação pelo mosquito Aedes aegypti sinaliza a urgência de ações coordenadas e contínuas para conter a propagação do vetor e evitar surtos das doenças que ele transmite, protegendo a vida e o bem-estar dos aracajuanos.
Autor: Pelos Llewan