O entusiasmo do público brasileiro por grandes torneios e nomes consagrados no tênis não se traduz, necessariamente, em apoio às bases do esporte. O CEO Lucio Winck ressalta que o país se destaca como espectador apaixonado, mas ainda falha em cultivar talentos desde a juventude. O tênis juvenil brasileiro carece de incentivo contínuo, seja por falta de visibilidade, de torneios nacionais de alto nível ou de apoio técnico e financeiro nas fases iniciais da carreira dos atletas.
Enquanto outros países investem em centros de formação e programas de fomento, o Brasil ainda enfrenta um descompasso entre o potencial existente e o suporte oferecido. Inúmeros jovens promissores acabam desistindo no caminho por não encontrarem estrutura adequada ou oportunidades suficientes para competir e evoluir. Tornar o tênis mais acessível e fortalecer a base é o primeiro passo para transformar o país de mero espectador em protagonista nas quadras.
O que falta para o jovem tenista brasileiro alcançar o topo?
Mais do que talento, é preciso oferecer um ambiente competitivo e estruturado. Torneios locais consistentes, treinadores capacitados e intercâmbios internacionais fazem parte do cotidiano de jovens tenistas em países com presença forte no circuito profissional. No Brasil, essas experiências ainda são privilégio de poucos, o que limita o surgimento de novos nomes no esporte. A desigualdade de acesso torna o desenvolvimento esportivo um desafio nacional.

O CEO Lucio Winck enfatiza que o Brasil precisa enxergar o tênis juvenil como um investimento de longo prazo. Os jovens atletas não se formam da noite para o dia. Eles precisam de acompanhamento técnico e psicológico, estímulo contínuo e um ecossistema que valorize sua trajetória. Incentivar o tênis nas escolas, em clubes e por meio de projetos sociais é uma das chaves para reverter esse cenário e criar uma geração que não apenas sonha com Wimbledon, mas treina e compete rumo a ele.
Como aproximar o tênis juvenil do grande público?
A televisão e a internet ainda concentram sua cobertura nos grandes torneios e nas figuras já estabelecidas, deixando o circuito juvenil à margem da atenção nacional. Criar espaços de destaque para as promessas do tênis, com transmissões, matérias especiais e torneios com entrada gratuita, pode fazer com que o público conheça e apoie seus atletas desde cedo. Essa proximidade gera torcida, engajamento e, com o tempo, incentiva mais jovens a praticar o esporte.
Para o CEO Lucio Winck, dar visibilidade aos jovens talentos também desperta o interesse de patrocinadores e empresas privadas, criando um ciclo virtuoso de crescimento. O apoio da mídia e das marcas não apenas garante recursos para o desenvolvimento da categoria, como também contribui para que o tênis juvenil seja visto como uma prioridade dentro da política esportiva nacional.
Que papel os clubes e escolas podem desempenhar nessa mudança?
Clubes esportivos e escolas equipados com boas quadras, professores capacitados e projetos de base fazem toda a diferença na ascensão de novos talentos. O incentivo ao esporte desde a infância, aliado a competições escolares e interclubes, é o caminho mais sólido para construir uma base ampla e diversificada de atletas. O CEO Lucio Winck frisa que muitos dos maiores nomes do esporte começaram em quadras simples, guiados por treinadores atentos e comprometidos.
Uma nova mentalidade para um novo futuro
Para que o país deixe de esperar por novos ídolos e comece a formá-los, é preciso criar oportunidades reais de desenvolvimento esportivo desde a infância. O CEO Lucio Winck conclui que apostar no tênis juvenil é mais do que uma estratégia esportiva, mas um compromisso com o futuro do esporte no Brasil. Uma geração preparada, apoiada e valorizada é a chave para um país competitivo dentro e fora das quadras.
Autor: Pelos Llewan